segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Análise do filme «Capitão Fantástico»

Título Original: "Captain Fantastic"                
Classificação: M/14
Diretor: Matt Ross
Género: Comédia Dramática
Origem: EUA
Duração: 118 min

Fazendo uma pequena introdução, pode dizer-se que Ben e a sua esposa Leslie idealizaram preparar os seus seis filhos da melhor forma possível, para lidarem com uma vida longe dos padrões de vida dos citadinos. Ensinaram-lhes técnicas de sobrevivência e de luta de modo a demonstrar-lhes o valor de conhecerem a origem do que consomem. Para além disso, ensinaram os seus filhos a pensar pela sua própria cabeça e argumentar cada pensamento e teoria. Contudo, não lhes ensinaram a importância de viver em sociedade.
Entendo perfeitamente a forma crítica do filme que pretende demonstrar a realidade das cidades e o seu consumismo e padrão de vida sem reflexão.
Contudo, apesar de parecer bonita a ideia de procurar uma sociedade alternativa, não acredito que alguém se realize sozinho ou de forma isolada.  Eu sou a pessoa indicada para comentar este assunto pois moro num local completamente isolado, onde a única casa é a minha. Não tenho vizinhos e sinto que se não fosse á escola ou não tivesse qualquer outra forma de convivência com outras pessoas não seria tão feliz como sou. Defendo que o contacto com os outros contribuí para a nossa aprendizagem constante que é a vida.
O filme está bastante bem conseguido e aborda temas com grande relevância. O único ponto que não apreciei e talvez mudasse no filme foi quando Leslie faleceu, penso que Ben tenha levado o acontecimento de uma forma ‘demasiado’ natural. O bom deste filme que vimos na aula é que são expostos argumentos de uma forma extremamente interessante e questionável por muitos.
O  filme termina demonstrando que os extremos não nos servem de nada. Tanto que no final Ben acaba por ceder ligeiramente ao estilo de vida que eles haviam levado e percebe a importância de não isolar os filhos na educação que ele acredita ser a certa. Compreende por fim, que eles precisam de estar integrados na sociedade e é isso que acaba por acontecer. Na minha opinião, certamente que irão muito bem preparados para enfrentar a vida e conseguem pensar por conta própria, mas agora estão mais abertos a aprender também com os outros. O equilíbrio é sempre a resposta.

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