O Feminismo
Origem do Feminismo
O Feminismo é um movimento que tem
como objetivo a igualdade política, económica e social dos dois géneros, através do empoderamento feminino.
A história do Feminismo divide-se
me três fases: a primeira foi desde o século XIX até ao início do século XX, em
que o principal foco foi o direito de voto da mulher, tendo-se destacado na
França, no Reino Unido, no Canadá e nos EUA. A segunda começou nos EUA desde 1960 até 1980, acabando por se espalhar no mundo inteiro, esta fase focou-se em questões mais amplas como a sexualidade, a família, o mercado de trabalho, os direitos reprodutivos e as desigualdades em relação à lei. por última a terceira fase ocorreu desde de 1990 até a atualidade, focando-se em questões de etnias, nacionalidades e religiões e origens culturais. O Feminismo mudou muitas perspectivas em relação às mulheres conferindo-lhes um maior estatuto na sociedade o que intensificou a luta contra questões como os direitos legais, o aborto e a contracepção, a violência doméstica, o assédio sexual, a violação e qualquer outra forma de discriminação de género.
Movimentos na América Latina
Apesar dos movimentos feministas não serem tão falados quanto nos EUA, por exemplo, a luta é tão importante e tão difícil quanto no resto do mundo. Assim sendo as várias Revoluções que se registaram ao longo do século XX como por exemplo a Revolução de 1910 no México, que tinha como objetivo deitar abaixo o poder Imperialista que controlava o Estado, deu às mulheres a oportunidade de afirmarem a sua luta contra a desigualdade de géneros.
No Chile a luta das mulheres também se registou, visto que nem sequer detinham o poder de gerir o seu salário, sendo consideradas inferiores a nível laboral e civil. Mas a luta foi principalmente reivindicada pelas mulheres casadas, visto que na época era consideradas a elite social, no entanto a luta não surtiu muitas vezes quaisquer resultados, apenas assentou o incentivo da opressão feminina.
Na Argentina a reivindicação de direitos laborais e civis surtiram mais efeito, sendo que a sociedade em si aceitou de uma forma mais positiva este movimento.
No Brasil a luta também continuou, no entanto foi mais complicado visto que estavam perante um regime totalitário que não só oprimia qualquer liberdade ou direito mas também qualquer tentativa da luta feminina, tendo sofrido várias agressões (emocionais, psicológicas e físicas).
Após muitos anos de luta por toda a América Latina mas também pelo resto do mundo, a ONU definiu o ano de 1975 como a ano Internacional da Mulher.
Grandes nomes do Feminismo
Muitas mulheres participaram neste movimento, tendo muitas dado a sua própria vida, em defesa deste movimento. assim algumas destas mulheres são:
- Frida Kahlo - Nasceu a 6 de julho de 1907, no México e morreu a 13 de julho de 1954 aos 47 anos. aos 18 anos de idade Frida teve um grave acidente, que lhe deixou com danos muito extensivos na coluna, tendo ficado durante muito tempo com uma mobilidade quase inexistente, foi nessa altura que começou a desenvolver um gosto pela pintura influenciada pelo seu pai. casou-se e divorciou-se varias vezes com Diego devido às suas traições, tendo mais tarde iniciado relações extraconjugais com mulheres. No entanto o seu papel no Movimento Feminista ficou marcado pela sua personalidade extravagante e evoluída, vestia-se de uma forma que naquela sociedade representava uma mulher independente social e economicamente. No mundo da arte, destacou-se bastante, mas como prova do machismo na sua época, não conseguiu tanto protagonismo como os homens.
- Marielle Franco - Nasceu a 27 de julho de 1979, no Brasil e faleceu a 14 de março de 2018 também no Brasil, assassinada. Era uma socióloga famosa e com uma presença política muito predominante. sendo uma mulher negra e homossexual, transformou-se numa feminista resistente que apesar de criticar a violência dos militares, também se focou nos direitos das mulheres em geral, de todas as etnias, culturas, religiões, orientação sexual, etc. A sua morte não foi surpreendente visto que o Brasil é um país de muita violência e corrupção, mas a mesma não levou ao fim desta grande luta pela igualdade.
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